
No início da noite desta terça-feira, mais uma pessoa pediu para ser retirada de lista formada por artistas e intelectuais de apoio a Dilma Rousseff: o próprio presidente Lula.
No início da semana, Dilma recebeu apoio durante encontro com representantes da classe cultural no Rio de Janeiro. Atores, músicos, escritores e cineastas declararam apoio à candidata. Entre os presentes, estavam o compositor Chico Buarque e o arquiteto Oscar Niemeyer, que sentaram-se à mesa ao lado de Dilma.
Em nota oficial, o presidente afirmou que “me sento muito feliz e realizado em ajudar a companheira Dilma no franco caminho à presidência da república. No entanto, repudio veementemente a presença de meu nome na lista de personalidades que apoiam minha pupila. Não quero que uma eventual vitória seja creditada à minha participação nesse movimento dos artistas. Meu lugar é apenas vendê-la no palanque”.
A direção do Partido dos Trabalhadores não recebeu bem o comunicado do presidente. Fernando Sarrafa, líder do Partido, declarou que Lula “tem todo o direito de não se enquadrar como um intelectual. No entanto, deve sempre se ater às diretrizes do partido que, no momento, é de suporte irrestrito à Dilma”.
Alguns militantes julgaram a atitude de Lula prudente: “Ele tem razão em não ligar tanto seu nome à Dilma. Não sabemos bem como ela vai se sair se ganhar a eleição, ela não tem experiência. Ele não quer se queimar, como aconteceu com o Maluf com relação ao Pitta. Queremos Lula de volta em 2014”, afirmou Zezinho Mascarenhas, integrante do MST.
A cúpula do PSDB preferiu não se manifestar em relação a atitude do presidente. Já José Serra, candidato tucano afirmou que, “se fosse Lula, teria feito a mesma coisa”.
Estranho nenhum petista ter vindo dar chilique aqui ainda…